

As últimas décadas foram marcadas por uma elevação significativa na complexidade da operação de quadrilhas que atuam no cibercrime. De modo que se criou algo parecido com uma indústria, em que cada grupo se especializou em uma parte dos ataques: uns somente invadem as redes, outros se restringem ao desenvolvimento de malware e alguns exclusivamente atuam no comércio de dados, dentre outras funções.
Em meio a tantas formas de atuação, os fóruns na deep e a dark web se tornaram verdadeiros mercados de dados vazados, onde credenciais corporativas, informações pessoais e ativos sensíveis são negociados como commodities. E o que começa com um simples vazamento pode rapidamente evoluir para um ataque à sua infraestrutura.
Todo vazamento começa com uma extração. Isso pode acontecer por meio de phishing ou usando outras técnicas de engenharia social; por malware como os infostealers ou até através de insiders. Dados sensíveis são então extraídos de organizações e publicados ou vendidos em canais fechados. Plataformas como o Telegram, fóruns como o, hoje inativo, BreachForums e marketplaces clandestinos são o palco principal dessas negociações.
Um papel central nesse ciclo é o dos Initial Access Brokers (IABs) — operadores especializados em invadir empresas e vender o acesso às suas redes. Eles se especializaram em abrir a porta e deixar uma fresta disponível para quem pagar mais, sejam grupos de ransomware, APTs ou outras operações maliciosas.
A conexão entre dados vazados e ataques direcionados não é hipotética — é uma realidade operacional para grupos cibercriminosos. Se manifestando de diversas formas, tais como:
Os vazamentos atuais já não são como os de anos anteriores. Grupos criminosos estão automatizando a exploração dos dados, utilizando IA generativa para produzir conteúdo de engenharia social em escala, e criando ferramentas para estruturar e enriquecer os dados roubados, facilitando a integração direta em ferramentas de ataque.
Além disso, vazamentos estão sendo usados não apenas para ganhos financeiros, mas como instrumentos de influência política e desinformação.
Se proteger contra o impacto de dados vazados exige mais do que resetar senhas. É preciso estratégia, visibilidade e prontidão. Algumas ações recomendadas incluem:
Como a Resonant Atua Para Mitigar o Risco
A área de Cyber Threat Intelligence (CTI) da Resonant tem papel fundamental na detecção precoce de vazamentos e no entendimento de seu impacto potencial.
Com técnicas de monitoramento automatizado e análise humana, nosso CTI consegue:
Essa inteligência cria condições para uma reação antes mesmo de o ataque se concretizar.
A realidade é clara: dados vazados não são um problema distante — são o começo de uma cadeia de ataque cada vez mais comum. Ignorar sua existência é andar às cegas em um campo minado.
Sua organização já monitora vazamentos em tempo real? Já correlaciona dumps com seu inventário digital? Se a resposta for “não”, talvez seja hora de rever sua estratégia.
Fale com nosso time e descubra como implementar uma abordagem de inteligência centrada em dados vazados pode ser a diferença entre um incidente evitado e um prejuízo irreversível.