Tempest Logo
Engenharia social como vetor de ataque: como o CTI pode antecipar campanhas de phishing e fraude

Engenharia social como vetor de ataque: como o CTI pode antecipar campanhas de phishing e fraude

21 de ago. de 2025

Engenharia social continua sendo o vetor mais popular — e eficiente — de ataques cibernéticos. Não importa o tamanho ou a maturidade de uma empresa: basta uma interação para abrir a porta a invasores que exploram nossas características mais humanas.

Campanhas de phishing, fraudes por e-mail corporativo (BEC), mensagens falsas em nome de executivos ou até deepfakes em chamadas de vídeo: o cenário atual exige mais do que conscientização — exige antecipação.

E é aqui que entra o papel transformador do Cyber Threat Intelligence (CTI).

Por que a engenharia social ainda é tão eficaz?

Diferente de um ataque técnico, que exige a exploração de vulnerabilidades ou a execução de malware, a engenharia social se baseia em um vetor mais previsível e acessível: o comportamento humano.

Ela aparece em várias formas:

  • Phishing: e-mails que imitam comunicações legítimas.
  • Smishing: mensagens SMS ou WhatsApp com iscas.
  • Vishing: chamadas de voz ou áudio com identidades forjadas.
  • BEC (Business Email Compromise): fraudes sofisticadas com nomes reais e alvos financeiros.
  • Pretexting: criação de histórias falsas para obter confiança.

O objetivo do atacante pode ser o de:

  1. Manipular as emoções da vítima, por exemplo, com um conteúdo que a deixe com raiva;
  2. Despertar seu senso de urgência, como por meio de uma promoção de black friday que pode parecer imperdível.
  3. Explorar seus hábitos, por exemplo usando uma notificação falsa de assinatura digital de um suposto documento enviada para alguém que precisa assinar contratos e relatórios todos os dias.

E mais recentemente, com o avanço da IA, vemos deepfakes de voz e vídeo sendo utilizados para enganar inclusive profissionais treinados.

O que o CTI tem a ver com isso?

Cyber Threat Intelligence não é apenas sobre malware e IPs maliciosos. É também sobre pessoas, contextos e padrões.

Quando aplicado corretamente, o CTI pode:

✅ Monitorar canais onde atacantes planejam campanhas: fóruns, Telegram, dark web, sites de leaks.

✅ Identificar registros de domínios suspeitos com nomes semelhantes aos da sua marca.

✅ Analisar linguagem e temas comuns em campanhas já ativas em outros setores — e prever sua chegada ao seu.

✅ Detectar kits de phishing, ferramentas de fraude e até campanhas de desinformação sendo discutidas antes de serem lançadas.

Com esse tipo de visibilidade, sua empresa pode agir antes do clique.

O poder de antecipar: campanhas sazonais e eventos-alvo

É comum vermos picos de phishing e fraude em períodos previsíveis:

  • Black Friday: falsos e-commerces, cupons maliciosos, apps falsos.
  • Eleições: manipulação de conteúdo e fake news com links maliciosos.
  • Período fiscal: e-mails falsos na época de declaração do IRPF ou com temas ligados a programas sociais.
  • RH e onboarding: fraudes contra novos colaboradores.

Com base em inteligência, é possível prever que tais campanhas virão — e monitorar seus sinais antes da execução: como por meio da detecção do registro de domínios com termos promocionais, a reativação de atores conhecidos e surgimento de templates em marketplaces de fraude, dentre outros.

Fraudes sofisticadas com IA: a nova fronteira da engenharia social

Campanhas de fraude estão cada vez mais tecnológicas:

  • Perfis falsos em redes sociais com histórico consistente gerado por IA.
  • Deepfakes de executivos solicitando transferências de fundos.
  • E-mails personalizados com base em dados vazados ou coletados por scraping.

A boa notícia é que a preparação técnica desses golpes também deixa rastros, os quais a CTI consegue detectar, como:

  • Ferramentas e tutoriais circulando em canais do underground.
  • Perfis ou domínios sendo registrados em massa com temas sensíveis.
  • Infraestrutura de comando e controle e de phishing sendo reconfigurada para novas campanhas.

Um caso prático de antecipação

Imagine que sua empresa atua no varejo. O time de CTI identifica que domínios semelhantes ao seu (com variações como “suaempresa-sale[.]com”) foram registrados e estão sendo apontados para um servidor suspeito.

Paralelamente, campanhas de phishing usando templates de entrega estão sendo comercializadas por um grupo que reúne criminosos no Telegram.

O time alerta as áreas de negócio e de tecnologia. A equipe de segurança:

  • Bloqueia os domínios nos proxies e DNS internos.
  • Notifica clientes via e-mail e redes sociais sobre o risco.
  • Atualiza a plataforma de conscientização com os temas mais prováveis de aparecerem.

Tudo isso antes mesmo do primeiro e-mail malicioso chegar.

Como sua organização pode aplicar CTI contra fraudes

  • Estabeleça monitoramento ativo de menções às suas marcas, aos seus executivos e a temas relacionados a seu negócio.
  • Mapeie padrões de campanhas anteriores e crie watchlists de domínios, palavras-chave e artefatos.
  • Integre o time de CTI com o de conscientização e atendimento: essas áreas são as mais expostas.
  • Tenha um protocolo claro de resposta a campanhas de phishing ou BEC com roteiros de contenção e comunicação.
  • Considere contratar provedores especializados em fraude digital para reforçar a visibilidade em ambientes externos.

Como a Resonant pode ajudar

Engenharia social é eficaz porque fala diretamente com o que nos torna humanos: pressa, confiança, distração, hábitos repetitivos e diversas outras emoções.

Mas com CTI da Resonant, é possível enxergar além do óbvio. Antecipar campanhas, entender os atores, prever os gatilhos e transformar defesa passiva em defesa proativa.

Você já prepara seus colaboradores para reconhecer phishing. Mas quem está preparando sua empresa para saber o que vem pela frente?

Fale com nosso time e conheça nossas estratégias de antecipação contra fraudes e outros tipos de ataques.

Acesse as nossas redes sociais e acompanhe as novidades